Para além de embelezarem e de darem vida a qualquer espaço, as plantas contribuem para oxigenar as divisões de uma casa. Contudo, nem sempre é fácil mantê-las bonitas e saudáveis, pois cada espécie tem necessidades específicas. Aprenda, neste artigo, como regar plantas corretamente.
Acha que não deve ter plantas porque já deixou morrer alguma, fosse por falta ou excesso de água? Não desista. Muitas das pessoas que conseguem cuidar lindamente das suas plantas, já passaram por isso.
Nem todos os cuidados de uma planta têm que ver com a água. A luz e a ventilação também são fatores importantes. Além disso, cada caso é um caso: há plantas que precisam de ser regadas apenas uma vez por mês, ao passo que outras necessitam de mais atenção.
Sabia que um dos erros mais comuns na hora de regar as plantas é o de dar água em excesso? Por vezes, queremos dar tanto amor às nossas plantas que acabamos por “afogá-las” em mimos.
Com que frequência se deve regar as plantas?
Regra geral, as plantas tropicais – tais como as calateias, por exemplo - precisam de água com uma frequência praticamente diária, ao passo que catos e suculentas só têm de ser regados, por vezes, quinzenalmente.
Depende, portanto, e acima de tudo, da espécie.
As próprias estações do ano também têm influência: é natural que as plantas necessitem de mais água no verão do que no inverno, pois nos meses frios conservam mais energia.
Como regar plantas em vasos: 7 grandes dicas
1 – Pesquise as espécies que tem em casa
As plantas são um ser vivo e, como tal, dependendo do seu tipo e do ambiente em que estão inseridas, requerem cuidados muito diferenciados.
Pesquise as que tem em casa e leia acerca das condições ideais para cada uma. A maior parte das plantas de interior não requer água até que a sua terra comece a secar.
2 - Faça o “teste do dedo”
Coloque o dedo na terra da planta, cerca de 2 centímetros abaixo do substrato. Se sentir a terra húmida, não é necessário regar. Se esta estiver seca, regue, mas de forma moderada.
A intuição é, assim, um fator-chave para acertar na irrigação.
Existe ainda quem prefira usar um medidor de humidade.
3 - Fique atento aos sinais
É importante estar alerta para os sinais que as plantas dão quando estão com sede ou quando possuem água a mais, nomeadamente folhas amareladas, com pontas secas e/ou murchas.
A imagem abaixo demonstra os diferentes estágios de folhas amareladas numa planta.
Se alguma das folhas da sua planta está assim, tente, passo a passo, mudar a periodicidade da rega, a luz e a ventilação até que a planta apresente sinais de melhoria. Deve ainda arrancar estas folhas com cuidado.
4 – Utilizar os vasos certos
Desde logo, é aconselhável que o tamanho do vaso seja o mais adequado à planta.
É aconselhável colocar as plantas em vasos com orifícios no fundo e com um pratinho por baixo, pois isto vai evitar que se acumule excesso de água (que contribui para apodrecer as raízes).
5 – Regar uniformemente e não salpicar as folhas
De maneira a prevenir infeções bacterianas e/ou fúngicas, quando for regar as suas plantas, tenha atenção para molhar somente a terra, evitando que as folhas fiquem salpicadas. Se necessário, segure o caule e/ou afaste as folhas enquanto rega.
É importante ainda regar todo o solo em torno da planta, caso contrário as raízes vão crescer somente do lado em que apanham mais água e a planta, como um todo, crescerá mais nessa direção.
6 – Marcar dias na agenda
Ainda que jogar com a intuição e ir fazendo o “teste do dedo” seja crucial, marque dois dias na agenda, um a meio da semana e outro no final, para fazer a verificação das suas plantas.
É uma forma de não se esquecer e de começar a estabelecer uma rotina de cuidados.
7 - “Todas as plantas precisam de sol”… É mito!
Espécie como as dracaenas e as monsteras, por exemplo, não gostam de apanhar sol direto, preferindo ambientes mais sombrios. Uma vez mais, reforça-se que os cuidados diferem muito consoante a espécie.
Porque se deve ter cuidado com a quantidade de água?
Nem só de água se faz uma planta. Como já foi mencionado, a ventilação e a luz são fatores igualmente consideráveis.
Quando se rega uma planta, as suas raízes vão absorver a água e transportá-la para o resto do corpo vegetal. Se a rega for em excesso e as raízes apodrecerem como consequência, estas deixam de ter capacidade de absorção.
Para além dessa água, as plantas também precisam de ar para respirar, por isso é essencial que sobre algum espaço sem água no substrato.
Sempre que regar as suas plantas, tente remover o excesso de água que permanece no fundo do vaso.
Note ainda que as plantas que estiverem expostas ao sol, ao vento e sujeitas a correntes de ar (o que acontece muito com as que se encontram junto a janelas ou em varandas) irão naturalmente requerer mais água, uma vez que esta exposição contribui para ressecar a terra.
Sabia que mais facilmente as plantas lidam com a falta de água do que com a abundância? Quando se rega em demasia, as plantas não conseguem reverter esta ação. Quando se rega de menos, estas conseguem criar defesas contra isso durante algum tempo.
É uma questão de encontrar o equilíbrio.
Qual a melhor hora para regar as plantas?
A pergunta “a que horas se deve regar as plantas?” é muito comum.
A altura do dia ideal para esta tarefa é de manhã, para que a água se vá evaporando lentamente ao longo do dia. Evite fazê-lo nas horas de maior calor e à noite.
Como regar as plantas quando viajar?
Se for de férias durante vários dias, não pode deixar as suas plantas sem qualquer tipo de cuidado. Estas têm de continuar com a mesma rotina de irrigação.
Não se esqueça também de deixá-las num local com luz natural. Mesmo que decida deixar as janelas de casa fechadas, pode sempre colocar todas as plantas numa só divisão e deixar luz natural nessa.
Para regar nesta situação, pode, por um lado, adquirir um irrigador de plantas que vai gotejando a terra lentamente. Por outro lado, pode pedir a alguém que se desloque a sua casa para o efeito.
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Regar plantas com água destilada: verdade ou mito?
As questões relativas ao tipo de água que deve usar para regar plantas têm que ver com a sensibilidade de cada espécie.
A água da torneira pode ser prejudicial, porque contém químicos, tais como o flúor e o cloro, que podem ser tóxicos para algumas espécies.
Já a água mineral engarrafada, por sua vez, não contém químicos e está repleta de minerais que as plantinhas adoram. Contudo, se tiver muitas plantas, esta é uma opção pouco acessível.
E chegamos à famosa teoria da água destilada. Deve, ou não, regar plantas com este tipo de água? Pode fazê-lo no caso das plantas mais sensíveis (tais como, por exemplo, os clorófitos, também chamados de “plantas-aranha”, e outras do género tropical), mas, nesse caso, uma vez que este tipo de água não possui quaisquer nutrientes, é possível que tenha de compensar com fertilizantes.
Está a chover? Aproveite para recolher a água da chuva para regar as suas plantas. A natureza é perfeita e não é por acaso que este é o alimento preferido das plantas.
Em conclusão…
Ter plantas em casa só traz benefícios: purifica o ar e confere cor e alegria a qualquer decoração.
No fundo, aprender a regar plantas corretamente também se torna uma questão de hábito e de tentativa e erro.
À medida que for avaliando as necessidades de cada uma e a forma como estas respondem fisiologicamente, vai ficando cada vez mais fácil de manter um sistema periódico.